quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Evidências

Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Pedagogia Anos Iniciais do Ensino Fundamental
Escolarização, Espaço e Tempo na Perspectiva Histórica – A
Nome do aluno: Ivana Molina
Atividade: Cronologia da Educação no Brasil
Polo: Alvorada
Professora: Estela Carvalho Benevenuto

CRONOLOGIA HISTÓRICA DA EDUCAÇÃO NO BRASIL - SÍNTESE

ANO
BRASIL COLÔNIA (1500 – 1822)
1549
Início da História da Educação no Brasil. É fundada na cidade de Salvador, a primeira escola elementar.
1689
É resolvida a "Questão dos Moços Pardos", surgida com a proibição, por parte dos jesuítas, da matrícula e da freqüência dos mestiços. Como as escolas eram públicas, para não perderem os subsídios que recebiam, são obrigados a readmiti-los
1759
Duzentos e dez anos após a chegada e de serem os únicos responsáveis pela educação no Brasil, os jesuítas são expulsos pelo Marquês de Pombal, que institui as “Aulas Régias”.
1810
Desfazendo-se de seus próprios livros (60.000 volumes), trazidos de Portugal, D. João funda a primeira biblioteca.

BRASIL IMPÉRIO (1822 – 1889)
1822
O Decreto de 1o de março criava no Rio de Janeiro uma escola baseada no método lancasteriano ou de ensino mútuo, isto é, somente um professor para cada escola.
1824
A Constituição, outorgada pela Assembléia Constituinte, dizia, que a instrução primária era gratuita a todos os cidadãos.
1827
Uma Lei Geral, de 15 de outubro, dispõe sobre as escolas de primeiras letras, fixando-lhes o currículo e institui o ensino primário para o sexo feminino.
1834
O Ato Adicional da reforma constitucional dizia que a educação primária e secundária ficaria a cargo das províncias, restando à administração nacional o ensino superior.
1838
É fundado o Colégio Pedro II no Rio de Janeiro.
1854
Reforma do ensino primário e secundário, exigindo professores credenciados e a volta da fiscalização oficial; cria a Inspetoria Geral da Instrução Primária e Secundária
1857
No Rio Grande do Sul, no Colégio de Artes Mecânicas, a lei mandava recusar matrículas às crianças de cor preta e aos escravos e pretos, "ainda que libertos e livres".
1878
Reforma do ensino que permitia "a cada um expor livremente suas idéias e ensinar as doutrinas que acredite verdadeiras, pelos métodos que julgue melhores".

BRASIL REPÚBLICA (1889 ATÉ OS DIAS ATUAIS)
1890
O Decreto 510, do Governo Provisório da República, diz, em seu artigo 62, item 5o, que "o ensino será leigo e livre em todos os graus e gratuito no primário".
1891
A Constituição estipula o ensino leigo nas escolas públicas.
1920
Sampaio Dória realiza em São Paulo uma reforma tentando reconduzir a educação para novos métodos de ensino. É criada a Universidade do Rio de Janeiro.
1931
É criado o Conselho Nacional de Educação e o Estatuto das Universidades Brasileiras
1932
Educadores lançam à nação o "Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova
1934
Foi criada a Universidade de São Paulo. A primeira a ser criada e organizada segundo as normas do Estatuto das Universidades Brasileiras de 1931. É criada a Universidade do Rio Grande do Sul.
1937
A nova Constituição enfatiza o ensino pré-vocacional e profissional. Retira de seu texto que "a educação é direito de todos
1938
É criado o Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos – INEP.
É criada a União Nacional dos Estudantes – UNE.
1942
É decretada a reforma do ensino relativa ao ensino secundário - Reforma Capanema. É criado o Sistema S
1944
Começa a ser publicada a Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, órgão de divulgação do Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos – INEP
1953
Com a criação do Ministério da Saúde, o Ministério da Educação e Saúde Pública passa a se chamar Ministério da Educação e Cultura.
1954
São criadas as Inspetorias Seccionais do Ministério da Educação.
1958
É criada a Campanha Nacional de Erradicação do Analfabetismo – CNEA.
1961
Depois de treze anos de discussões é promulgada a Lei 4.024, que regulamenta as Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
1962
É criado o Plano Nacional de Educação e o Programa Nacional de Alfabetização, pelo Ministério da Educação e Cultura, inspirado no Método Paulo Freire.
1964
 O Plano Nacional de Alfabetização – PNA é extinto.
1970
Começa a funcionar de fato no Brasil o Movimento Brasileiro de Alfabetização – MOBRAL, criado para acabar com o analfabetismo.
1971
É sancionada a Lei de Diretrizes e Bases do Ensino Nacional – 5692/71.
1977
É criado o Programa Alfa Um, visando alfabetizar pessoas através do Método da Fonação Condicionada e Repetida
1978
A Portaria no 505 do Ministério da Educação aprova diretrizes básicas para o ensino de Moral e Cívica nos cursos de 1o e 2o graus e de Estudos de Problemas Brasileiros nos cursos superiores.
1981
A Coordenação de Educação Pré-Escolar – COEPRE lança o Programa Nacional de Educação Pré-Escolar.
1982
A Lei no7044 altera dispositivos da Lei 5692/71, referentes à profissionalização do ensino de 2o grau, implicando em algumas mudanças na proposta curricular, dispensando as escolas da obrigatoriedade da profissionalização, voltando a ênfase à formação geral.
1985
O Movimento Brasileiro de Alfabetização – MOBRAL é extinto e criado o Projeto Educar. É criado o Conselho Nacional dos Direitos das Mulheres – CNDM.
1990
É criado o Programa Nacional de Alfabetização e Cidadania com o objetivo de reduzir em até 70% o número de analfabetos até 1995
1995
é criado o Exame Nacional de CursosENC. É criado o Programa Acorda Brasil. Está na Hora da Escola! É criado o Programa Dinheiro Direto na EscolaPDDE.
1996
É sancionada a LDBN. É instituído o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério – o FUNDEF.
1998
É instituído o Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM.
É instituído o Programa Nacional Biblioteca da Escola – PNBE.
2001
É criado o Programa Nacional de Renda Mínima vinculada à educação – "Bolsa Escola"
2006
É sancionada a lei que amplia para 9 anos o Ensino Fundamental. É assinado convênio com a UFRGS para a oferta de Licenciatura Plena em Pedagogia Anos Iniciais à distância para 400 professores da rede pública do RS.
2007
É sancionada a Lei 11494/2007 – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – FNDEB.

A História da Educação no Brasil
O início da história da educação brasileira se dá em 1549 com a vinda de seis padres Jesuítas, chefiados por Manuel da Nóbrega. Isso não quer dizer que antes da chegada dos portugueses, por aqui não houvesse educação, convém ressaltar que a prática educativa que se praticava entre as populações indígenas não tinha as marcas repressivas do modelo educacional europeu. Após Duzentos e dez anos de Educação Jesuítica, a Companhia de Jesus foi expulsa, e passa a ser instituído o ensino laico e público, através das reformas pombalinas e os conteúdos basearam-se nas Aulas Régias.
            Analisar esses “verbetes” sobre a História da Educação no Brasil leva-nos a concluir, que essa sempre esteve a serviço das elites, como organismo para referendar seu poder. Inclusive na atualidade, quando muito se tem discutido acerca da democratização do ensino, e ainda assim, vemos que seu objetivo muitas vezes é a perpetuação da classe dominante.
            Para relacionar a teoria estudada com a minha prática docente, se faz necessária a lembrança de que: “O que se exige eticamente de educadoras e educadores progressistas é que, coerentemente com seu sonho democrático, respeitem os educandos e jamais, por isso mesmo, os manipulem. Daí a vigilância com que devem atuar, com que devem viver intensamente a prática educativa; dai seus olhos devendo estar sempre abertos, seus (...). Daí a exigência que se deve impor de ir tornando-se cada vez mais tolerante, de ir pondo-se cada vez mais transparentes, de ir virando cada vez mais críticos, de ir fazendo-se cada vez mais curiosos. Quanto mais tolerantes, quanto mais transparentes, quanto mais críticos, quanto mais curiosos e humildes, tanto mais assumem autenticamente a prática docente...” (FREIRE, 1992. p 80 e 81)
Tenho a clara convicção de que a educação pública no Brasil precisa de educadoras e educadores éticos, curiosos e humildes que na sua prática docente sejam empenhados em proporcionar aos sujeitos uma aprendizagem efetiva para que estes, uma vez críticos, possam transformar suas realidades.
“A maior parte do que eu preciso saber, como ser e como viver, eu aprendi no Jardim de infância. Na verdade, a sabedoria não está no morro da faculdade, e sim bem ali, na caixa de areia da escolinha. (...) E sempre será verdade, não importa quantos anos você tenha. Se você sair por ai, pelo mundo afora, bom mesmo é poder dar as mãos aos outros e caminhar sempre juntos.”
Robert Fulghun

Referências:
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Esperança: Um reencontro com a Pedagogia do Oprimido. 5ª ed., Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992. p 80 e 81.
FULGHUM, Robert. Tudo o que eu devia saber aprendi no Jardim de infância: Ideias Incomuns sobre Coisas Banais, Best Seller. 2004.

Postagem no ROODA em agosto de 2007 - Transcrevi essa atividade por ser uma evidência das construções que já começavam se fortalecer naquele semestre sobre o meu fazer e pensar pedagógico.

Resposta II à Maura

Naquele semestre, as leituras da Maquinaria Escolar, a Linha do tempo de História da Educação, as intervenções que o Coordenador da Interdisciplina de História fizera, tanto virtual como presencialmente, mexeram muito comigo, estava vivenciando situações antagônicas entre a educadora que estava me constituindo e a educadora que nunca, que jamais eu gostaria de ser. Porque às vezes aprendemos pelo exemplo e isso foi o que mais me desacomodou, mas lembro que numa aula presencial pude expor o que me incomodava: A arrogância. Lembra?
Ao trabalhar sobre o filme Encouraçado Potemkin, na Interdisciplina do Seminário Integrador, passei a valorizar mais o meu senso de empatia, a usar o meu olhar diferenciado, um olhar pesquisador, curioso, crítico, humilde e mais ético com as crianças na sala de aula. Não que fosse muito diferente antes de 2006, mas agora, se tornava mais consciente, bem mais crítico, poderia dizer mais constitutivo, consistente, forte, seguro, potente e com embasamento.
Na Interdisciplina de Psicologia, podia fazer um contraponto em sala de aula com o que estava lendo e o que via nas atitudes das crianças, e isso me trouxe uma riqueza imensa.
Existem evidências que não necessitam ser ditas, elas gritam por si, elas estão ai para serem vistas na nossa ação cotidiana. 

Para refletir algumas palavras sábias que usei na atividade de cronologia da Interdisciplina de Escolarização, Espaço e Tempo na Perspectiva Histórica:

 A maior parte do que eu preciso saber, como ser e como viver, eu aprendi no Jardim de infância. Na verdade, a sabedoria não está no morro da faculdade, e sim bem ali, na caixa de areia da escolinha. (...) E sempre será verdade, não importa quantos anos você tenha. Se você sair por ai, pelo mundo afora, bom mesmo é poder dar as mãos aos outros e caminhar sempre juntos.
Robert Fulghun

Poderia trazer mais evidências e lembranças desse semestre, mas já está quase amanhecendo e eu tenho uma infiltração para fazer no meu braço às 10 horas e fisioterapia no outro às 11 horas. Agora, se o meu médico sonhar que eu digitei a noite toda com uma mão apenas, ele vai desistir de me curar...


Deixei a postagem do Eixo III em rascunho, preciso ler com atenção e encontrar uma imagem condicente, postarei no final da semana com a data da hoje. 
Obrigada.
Um forte abraço, Ivana.

domingo, 10 de outubro de 2010

Retrospectiva 2007

Segundo semestre de Curso - Eixo II
Nesse semestre alguns colegas se juntaram a nós os "bixos" como passaram a ser chamados os que ingressaram na segunda oportunidade que foi dada aos professores das redes públicas para fazer um curso superior, consegui convencer o Artur a fazer o vestibular e ele passou em primeiro lugar, os alunos veteranos foram convidados a apadrinhar os novatos e é claro que eu fiquei "Madrinha" do meu amigo. As interdisciplinas desse semestre foram: 

No final do semestre fomos submetidos a uma "prova" lembro que naquela noite esqueci de levar os meus óculos de "vovó", pois eu quase não uso, ainda consigo ler sem, mas naquela noite a prova era com consulta e uma das questões sobre memória eu não consegui ler exatamente porque a letra do texto era muito pequena e a minha memória falhou... Fiquei muito irritada com a situação, as colegas iam terminando a prova e me emprestando o texto, não perceberam que eu não conseguia ler...
Fiz uma postagem sobre avaliação, eu me senti muito prejudicada com aquele tipo de verificação da aprendizagem. 
Em outra postagem podemos perceber o quanto o curso estava mexendo comigo, me "desacomodando". Transcrevo um trecho de uma postagem onde podemos evidenciar isso:

Já consigo perceber uma mudança que eu considero muito positiva!
Imagina como será em 2010!
Estou muito feliz!

Realmente agora preparando o meu TCC, tenho retomado as leituras, as postagens no ROODA com as atividades que realizei nas interdisciplinas, consigo perceber o meu crescimento.

sábado, 9 de outubro de 2010

Recuperar... Recuperar

Estava impossibilitada de escrever, com o braço esquerdo quebrado e por usar muito a mão direita, acabei ficando com tendinite. Ainda me dói muito quando digito, mas preciso recuperar as atividades atrasadas. Sei que os atestados que eu tenho não adiantam, pois eles só me permitiram fazer as atividades em casa e eu precisei ficar longe do computador.
Logo postarei a minha primeira versão do TCC no ROODA, pois ainda não está como eu esperava que estivesse a essa altura do semestre, mas esse tempo que fiquei longe do PC me deu a oportunidade de ler muito e ir marcando nos livros que tenho o referencial teórico para o meu trabalho, difícil vai ser digitar tudo isso...