domingo, 28 de outubro de 2007

Realização do Planejamento II


No dia 23 de outubro entramos na sala de aula e os alunos já foram tirando as mesas do centro e organizando as cadeiras em circulo.
Pediram para ensaiar mais um pouquinho. Deixei que se organizassem e que ensaiassem.
Em seguida os grupos começaram a se apresentar, combinamos que deveriam se apresentar para a platéia, mas na maioria das vezes, as crianças me procuravam e apresentavam olhando para mim, como se quisessem ver a minha aprovação.
Após as apresentações, nos reunimos em circulo para fazer a avaliação da atividade, os alunos fizeram as suas colocações e no final fiz o fechamento.

O que mais me chamou a atenção é que durante o decorrer da atividade a maioria trabalhou muito concentrada, como nunca antes havia observado nessa turma, e todos tiveram interesse. Tenho certeza de que esse fato se deu devido às representações terem sido construídas por eles.


quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Realização do Planejamento:


Atuo na Escola Estadual de Ensino Médio Mario Quintana – CAIC com uma turma de 4ª série do Ensino Fundamental, composta de 10 meninas e 19 meninos, com idades entre 10 e 12 anos. No dia 22 de outubro, ao chegarmos à sala de aula, convidei os alunos a colocarem as mesas encostadas nas paredes de forma a deixar a sala vazia no centro e colocamos as cadeiras dispostas em círculo. Iniciei a conversa perguntando aos alunos que experiência eles tinham sobre teatro, cada um falou e eu anotei: · Seis alunos disseram que já tinham ido ao teatro com seus pais; · Quatro alunas disseram que fazem parte do grupo de teatro afro do bairro onde moram; · Todos os alunos disseram que já assistiram teatro na escola. Com base em suas respostas, perguntei se eles “topavam” fazer um jogo de representações: Fizemos a atividade das Estátuas: dividi a turma em cinco grupos de cinco alunos e um grupo de quatro alunos, solicitei que montassem uma cena e que permanecessem assim por alguns instantes em pose para fotografia. A atividade foi desenvolvida com muita tranqüilidade, alguns davam opinião na composição da cena dos outros grupos e esperavam para ver como ficaram as fotos. Dividi a turma em três grandes grupos através da distribuição das letras A – B ou C para cada um. Iniciamos o Jogo com todos andando, até que pedi para os alunos que tinham as letras B e C parassem e os que tinham a letra A continuassem caminhando e que prestassem atenção que a qualquer momento o jogo iria mudar. Foi muito engraçado, porque eles ficavam preocupados em cuidar da letra e eu pedia a eles que caminhassem na ponta do pé, ou batendo palmas, etc. e foi muito divertido todos demos muitas risadas. Combinei com eles que no dia seguinte faríamos uma representação de cenas do nosso quotidiano, dividi a turma em grupos e deixei que eles combinassem o que iriam representar, passei nos grupos tentando ajudá-los a se organizarem, um grupo resolveu escrever o que iriam fazer e os outros perceberam que estavam compondo as cenas e começaram a fazer o mesmo e perguntavam: eu posso anotar a minha parte para não esquecer? Antes de encerrar a aula as crianças me ajudaram a colocar as mesas e as cadeiras nos lugares.


sábado, 20 de outubro de 2007

Planejamento das Atividades Práticas de Teatro



Planejamento da aula de teatro: Na aula de teatro, pretendo desenvolver com os alunos alguns exercícios semelhantes aos que realizamos na aula presencial: 1) Estátuas, em grupos de cinco os alunos deverão compor uma cena e permanecerem parados como “estátuas”; 2) Dividir a turma em três grupos: (A – B – C). Inicia com o comando: andando primeiro o grupo A, ao parar, procurar se posicionar expressivamente a um colega que estava parado e continuar com o jogo sucessivamente, enquanto perceber que os alunos estão gostando da brincadeira. Atividade Prática:
Os alunos deverão encenar cenas do cotidiano deles em grupos de cinco. 1ºPasso: Dividir a turma em grupos de cinco. 2ºPasso: Deixar que os alunos combinem a cena que desejam representar. 3ºPasso: Estipular um tempo para que os alunos possam ensaiar a sua representação. 4º Passo: Organizar a apresentação, lembrando aos alunos que os que, ora estão se apresentando, ora serão a platéia. 5º Passo: Avaliação: estabelecer uma conversa com os alunos para que eles falem o que sentiram ao realizar essa atividade e o que eles aprenderam.Observação, as fotos das atividades serão postadas posteriormente.

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Marcadores

Nas minhas andanças pela internet em busca de subsídios para fazer a atividade de Literatura Infanto-juvenil, que tratava sobre poesias, visitei vários sites do Poeta Mario Quintana e vejam a lindeza de site que encontrei: Eterno Espanto e o mais interessante nisso tudo, é que a blogueira que o criou, usou marcadores para juntar as poesias postadas de cada um dos livros do Poeta.
Achei sensacional, pois se não tivesse acessado ao tutorial da professora Iris, onde ela nos ensina a usá-los em nossas postagens e se eu não tivesse compreendido para que servem os "marcadores", talvez eu não me desse conta de que ao clicar ali, naquele marcador, teria reunidas em uma tela as poesias por livros.
Gostaria de convidar os colegas, professores e tutores a visitarem o blog Eterno Espanto para se deliciarem com os recortes da obra do nosso querido Mario Quintana e aproveitar para testar os marcadores que lá estão.

Abraços, Ivana.

Teatro na Sala de Aula



Ontem cheguei na sala de aula muito apreensiva, pois tinha planejado colocar em prática as teorias estudadas na Interdisciplina de Teatro. Começamos afastando as mesas para um canto da sala e colocando as cadeiras em círculo. Perguntei o que eles entendiam por teatro e fiquei muito surpresa, eles sabiam do que se tratava e sabiam o que era representar.


Fiz umas atividades semelhantes às que nós fizemos na aula presencial de teatro e adorei, eles também gostaram muito. Combinamos que nas quarta-feiras deixaríamos um período exclusivo para a aula de teatro. Agora vamos ver como será na próxima semana.


segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Feliz dia dos Professores

casal idosos


Ser professor é...


"Ser professor é professar a fé e a certeza de
que tudo terá valido a pena se o aluno sentir-se feliz
pelo que aprendeu...


Ser professor é consumir horas e horas pensando
em cada detalhe daquela aula que, mesmo ocorrendo
todos os dias, a cada dia é única e original...


Ser professor é entrar cansado numa sala de aula e,
diante da reação da turma, transformar o cansaço
numa aventura maravilhosa de ensinar e aprender...


Ser professor é importar-se com o outro numa
dimensão de quem cultiva uma planta muito rara que
necessita de atenção, amor e cuidado.


Ser professor é ter a capacidade de 'sair de cena,
sem sair do espetáculo'.
Ser professor é apontar caminhos, mas deixar que
o aluno caminhe com seus próprios pés"...







Desejo a todos os professores e professoras do PEAD

Um
Feliz dia dos Professores!

Um forte abraço, Ivana.

sábado, 6 de outubro de 2007

Releitura da Obra de Diego Velázquez por Ivana





















Olá Pessoal, essa é a minha releitura:


Justificativa:

O pintor estaria retratando os reis Felipe IV e Mariana da Áustria na tela e a imagem dos dois aparece refletida no espelho, parte que recortei a cima para fazer essa releitura. Observei que o dito "espelho" reflete uma luminosidade muito intensa, diferente da observada nas outras telas que aparecem nas paredes da cena.

Postagem publicada no Blog Pead Artes Visuais - Alvorada em 05/10/07.

Curiosidades sobre a Obra:

Em 1649, viaja para a Itália a fim de adquirir quadros para a coleção real. Retorna para a Espanha em 1651, onde produz seus melhores trabalhos, entre os quais As Meninas (1656), ponto alto de seus quadros de corte. Morre em Madri.

La Familia de Felipe IV ou "Las Meninas"
Óleo sobre lienzo: 3,18 x 2,76 mts.
Pintura Espanhola (Século XVII)

Esta obra foi feita por Velásquez durante sua fase chamada "La Familia", onde o artista representava cenas do cotidiano, sendo quase um impressionista. Na cena, a jovem Margarita, da Áustria, encontra-se cercada por sua pequena corte de damas e empregados.

A cena transcorre dentro de uma estância do Alcázar de Madrid, decorada com uma série de quadros. Os personagens se agrupam em um primeiro plano juntamente com a figura principal, a infanta Margarita, que ocupa a parte central do grupo; a seus lados, Isabel Velasco e Agustina Sarmiento - las "meninas" -; junto a esta última os irmãos María Bárbola e Nicolás Pertusato em atitude de jogar com mastín que dormia a seus pés.

Atrás deles, na penumbra, aparecem Marcela de Ulloa e um cavaleiro que não se pode identificar. Na esquerda se encontra a figura de Velázquez com seus instrumentos de trabalho em frente de um grande lenço que ocupa todo o ângulo do quadro.

No fundo da habitação, junto a uma porta aberta, se encontra don José Nieto de Velázquez, aposentador da rainha, que é o centro perspectivo da obra. Preside o muro de fundo um espelho onde aparecem refletidas as figuras dos reis Felipe IV e Mariana da Áustria.

  • Velázquez realizou esta pintura em 1656.
  • Se manteve nas dependências do Alcázar de Madri até o incêndio de 1734.
  • Voltou ao Palácio Novo edificado sobre o solar incendiado.
  • Veio ao Real Museu de Pintura e Escultura (atual Museo do Prado) no começo do século XIX, com obras procedentes da coleção real.
  • Os inventários reais lhe haviam dado diferentes denominações: "La Señora Emperatriz con sus damas y una enana" (1666) e "La familia del Señor Rey Phelipe Quarto" (1734).
  • Já no Museo do Prado, no catálogo redigido por Pedro de Madrazo, em 1834, a obra foi chamada pela primeira vez "Las Meninas" - expressão de origem portuguesa com que se designava as acompanhantes de crianças reais no século XVII.
Recorte do site: VELÁZQUEZ (1599-1660)

Abraços, Ivana.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

As teorias sobre Teatro na Escola






Postagem no Blog iniciada no dia 04/10/2007, concluída em 20/10/2007 e refeita em 09/11/2007.

Neste semestre, iniciamos os estudos sobre como trabalhar teatro em sala de aula. Após fazer as leituras obrigatórias e dar umas garimpadas na web em busca de mais subsídios, inicio a sistematização dos meus estudos e passo a contextualização da teoria estudada para construir o meu inventário criativo sobre o Teatro na Escola.
Segundo Taís Ferreira as manifestações de caráter teatral e dramáticas, acompanham a humanidade e sua evolução. “Mesmo os homens pré-históricos já usavam máscaras e fantasias de animais, imitando-os, para atrair uma caça farta. O teatro surge a partir dos rituais sagrados, nos quais os homens tentavam, através de canto, dança e representações, dominar e entender a natureza, além de agradar e homenagear os deuses sagrados”. Com este texto pude conhecer a evolução do teatro através dos tempos.
No texto A Experiência Criativa, pude conhecer as atividades que podemos estabelecer em sala de aula para desenvolver experiências criativas e inspiradoras.
Ao ler o texto Improvisação: da espontaneidade romântica ao momento presente de Gilberto Icle, percebi que: “Existem muitas modalidades de improvisação e que dos procedimentos e modalidades de improvisação teatral mais comum entre nós podemos destacar dois: o jogo dramático e o jogo teatral. [...] O jogo teatral – theater game - foi sistematizado por Viola Spolin, nos Estados Unidos, e se diferencia do jogo dramático, principalmente, porque no primeiro há a necessidade de se estabelecer regras precisas que envolvam os princípios teatrais, dentre as quais o estabelecimento da relação palco/platéia, ou seja, jogadores que atuam e jogadores que assistem. Além disso, Spolin (1987) propõe um Ponto de Concentração para cada jogo, pautando a atuação dos jogadores em regras pontuais a serem observadas durante a atuação e a serem discutidas na avaliação. A idéia de Instrução, também é uma característica diferenciadora do Jogo Teatral, pois o orientador do jogo pode instruir os participantes durante o próprio jogo a fim de garantir o andamento do mesmo e o melhor cumprimento das regras”.
Já no texto Aula de Teatro é teatro de Cleusa Joceleia Machado, a autora traz que “... não basta a intencionalidade. O evento teatral é o encontro de alguém que assume um papel e comunica algo e outro que aceita e assiste. Guinsburg (op.cit.) aponta a existência do texto, do ator e do público como os elementos fundamentais para constituir o ato teatral. Para o autor, estes elementos constituem um sistema aberto, sujeito aos diversos enfoques e combinações...”
O texto Formas de abordagem dramática na educação de Ana Carolina Müller Fuchs, revisado por Antônio Falcetta, apresenta algumas formas de abordagem dramática na educação, que são:
1. O Play Way ou Método Dramático é a utilização do teatro como recurso para outras aprendizagens.
2. O Teatro Criativo tem como base o jogo dramático e introduz a idéia de que a atividade teatral deve ser considerada uma disciplina e ter seu lugar no currículo escolar.
3. O Movimento Criativo se apóia na experiência do movimento expressivo, principalmente no que se refere à dança e ao teatro. O precursor desse movimento foi Rudolf Laban, que pesquisou as características do movimento como base para a expressividade. Segundo ele, a compreensão do movimento pode possibilitar uma visão mais ampla da atividade humana.
4. O Teatro Escolar consiste na apresentação de espetáculos por alunos em suas escolas. No começo do século, essa era a única atividade dramática na escola. Atualmente a representação de peças é vista como uma das possibilidades de sala de aula, e as apresentações se desenvolvem a partir dos jogos criativos e de trabalhos de improvisação.
5. O jogo dramático já descrito anteriormente se mantém como uma abordagem contemporânea do teatro na escola. Mais voltado para a subjetividade pressupõe as relações de cada indivíduo com seu imaginário e com sua expressividade. Está ligado ao faz-de-conta infantil. É uma prática lúdica individual ou em grupo que propõe a improvisação de um tema ou situação previamente escolhida. Não implica a participação de uma platéia. Não tem como objetivo a apresentação ou a representação de algo, mas sim a apropriação dos mecanismos fundamentais do teatro.

6. Os jogos teatrais são uma abordagem contemporânea do teatro na educação. É um sistema de aprendizado da linguagem teatral desenvolvido pela pesquisadora norte-americana Viola Spolin e baseado na improvisação. Spolin compreende o fazer teatral como uma construção individual que ocorre na interação entre os indivíduos e destes com os problemas de atuação. A proposta dos jogos teatrais está relacionada à “fisicalização”, que é tornar físico, expressar e trazer para o plano material o que há no plano das intenções, das imagens, das sensações e dos pensamentos. Seu método inclui jogos que propõem um desafio a ser resolvido e que inclui a relação entre quem improvisa e quem assiste, entre alunos-atores e platéia. A platéia é entendida como um grupo ativo que observa, analisa e retorna ao grupo que está jogando suas percepções e compreensões sobre o acontecido como recurso para a reelaboração do trabalho. Dessa forma, o aluno constrói o seu próprio fazer e o do grupo num trabalho dinâmico. Importante: a utilização de determinada abordagem teatral no contexto escolar não exclui as outras. É preciso saber de forma clara e coerente os objetivos que se pretende alcançar e buscar os melhores caminhos para atingi-los, tendo como princípio que o fazer teatral deve ser construído a partir das necessidades e desejos de todos os sujeitos envolvidos no processo. Assim, pode-se fazer do teatro um recurso riquíssimo para aprendizagem de outras disciplinas, assim como transformar jogos e brincadeiras em verdadeiros espetáculos. É possível ainda fazer de uma representação um momento ímpar de descobertas e aprendizagem para todos.

Concluo que o teatro na escola é mais um recurso que podemos usar para que o aluno se reconheça como sujeito da sua aprendizagem, pois através da prática cênica ele terá um campo aberto para exercitar a sua criatividade ao explorar a sua intuição e as suas emoções de forma mais concreta que, certamente o levará a ter mais consciência de si mesmo e do mundo que o cerca.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Teatro e Educação

Hoje tivemos o nosso primeiro encontro presencial com a Professora Rossana Perdomini Della Costa de Teatro e Educação, fizemos uma porção de exercícios práticos e agora devemos partir para a teoria. Um dos autores sugeridos é a pesquisadora norte-americana Viola Spolin.

..."Viola Spolin desenvolveu sua pesquisa junto a grupos de teatro improvisacional, na década de sessenta. Buscavam uma renovação na linguagem teatral através da reflexão acerca do processo de criação. A técnica era aprendida durante workshops que exploravam novas formas de comunicação, jogos teatrais em que todos, não apenas os 'talentos natos' (noção questionada por Spolin), eram levados a improvisar. Spolin defendia que a potencialidade de qualquer indivíduo podia ser evocada pelo aprimoramento de sua capacidade de 'experienciar' – termo que designa a vivência de uma experimentação, sua apreensão em todos os níveis, intelectual, físico e intuitivo.
Assim como Spolin, o compositor Murray Schafer sustenta hoje a idéia de que qualquer aluno pode experimentar a arte, de forma consciente, espontânea e inventiva"...
..."O professor deve compreender o seu papel como mediador – e não como instrutor. Ele deve garantir a organicidade do trabalho como crescente apropriação criativa dos alunos e participar da criação coletiva do grupo, reinventando suas proposições. Sua função é zelar para que o ato de ensinar se torne experimentação"...

Trechos retirados do artigo:Didática da invenção por Ana Tereza Melo Brandão.